Acesso Livre

Historicamente, existem três tomadas de posição fundamentais (também conhecidas pelos 3 B, de Budapeste, Bethesda e Berlim) relativamente ao acesso livre:

Budapest Open Access Initiative
http://www.soros.org/openaccess/read.shtml
Em Dezembro de 2001 realizou-se em Budapeste uma reunião promovida pela Open Society Institute (OSI) para discutir a questão do acesso à literatura científica. O resultado foi a Budapest Open Access Initiative (BOAI), um documento e uma iniciativa que é, ao mesmo tempo, uma declaração de princípios, uma definição de estratégia e uma afirmação de empenhamento. É por isso um dos mais importantes documentos do movimento do Acesso Livre.

Bethesda Statement on Open Access Publishing
http://www.earlham.edu/%7Epeters/fos/bethesda.htm
No dia 11 de Abril de 2003 reuniram-se na sede do Howard Hughes Medical Institute diversas personalidades (cientistas, editores, bibliotecários, etc.) ligadas à informação na área biomédica com o objectivo de estimular a discussão sobre a forma de concretizar, tão rapidamente quanto possível, o objectivo de assegurar o acesso livre à literatura científica. A Declaração contém uma definição de Acesso Livre, bem como conclusões e recomendações de grupos de trabalho sobre Organismos e instituições financiadores de I&D, Biblioteca s e editores, Sociedades científicas e investigadores.

Declaração de Berlim sobre o Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades
http://www.zim.mpg.de/openaccess-berlin/berlindeclaration.html
Esta declaração foi subscrita, no dia 22 de outubro de 2003, por representantes de várias das mais importantes instituições científicas europeias, entre as quais a Sociedade Max-Plank (Alemanha) e o Centre National de la Recherche Scientifique (França), apoiando o Open Access e o depósito em arquivos de acesso livre, e afirmando que irão encorajar os seus investigadores e bolseiros a depositar os seus trabalhos em pelo menos um repositório.

In: http://www.sdum.uminho.pt/confOA2005/Sobre_AL.htm

Acesso Livre significa a disponibilização livre na Internet de literatura de carácter académico ou científico (em particular os artigos de revistas científicas), permitindo a qualquer utilizador ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos.

In: http://www.sdum.uminho.pt/confOA/

O Acesso Livre não é apenas do interesse dos investigadores e académicos, é benéfico para a sociedade no seu conjunto. O OA/AL é perspectivado como um contributo para a democracia e para o desenvolvimento sustentado ao facilitar o acesso à informação científica por parte de todos cidadãos, contribuindo, assim, para a aprendizagem ao longo da vida, para a qualidade de vida e para o debate democrático. A garantia de acesso para todos deve incluir também as pessoas com deficiência, através do cumprimento das regras acessibilidade nacionais e internacionais (nomeadamente Web Content Accessibility Guidelines do W3C/WAI) por todas as iniciativas de OA/AL.

[…]

Recomendações:
Aos editores e outros agentes da publicação científica que:

  • Experimentem e testem novos modelos de negócio e de publicação científica associados ao Open Access;
  • Adoptem políticas de licenciamento e copyright que facilitem, ou pelo menos não dificultem, o auto-arquivo em repositórios de acesso livre por parte dos autores dos artigos que publicam;

Aos bibliotecários que:

  • Encoragem e contribuam para a discussão sobre a comunicação científica e as propostas de mudança de paradigma;
  • Participem activamente na construção de repositórios institucionais;
  • Apoiem os autores no auto-arquivo das suas publicações em repositórios institucionais.

In: http://www.sdum.uminho.pt/confOA2005/Apresentacoes/CONCLUSÕES%20da%20Conferência%20OA.pdf

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